1) Evolução da Regulamentação
A regulação e autorregulação do Open Finance e Open Insurance vão evoluir, podemos esperar novas versões do manual de APIs, evolução dos normativos e até mesmo a definição de novo cronograma, para funcionalidades ainda ausentes. No último ano tivemos a mudança da nomenclatura de Open Banking para Open Finance, diversas evoluções do Open Finance e o início do Open Insurance. Mas até mesmo pela interoperabilidade entre Open Finance e Open Insurance e maior conformidade com ISO 20022.
2) Adoção de Análise de Dados e IA
É provável que vejamos o setor financeiro adotar novas tecnologias, como inteligência artificial e análise de dados, para melhorar a eficiência e a segurança dos serviços financeiros. Por exemplo, algumas empresas de fintech no Brasil já estão utilizando inteligência artificial para oferecer sugestões de investimentos personalizadas aos clientes, o que pode ajudar a aumentar a satisfação do cliente e a fidelidade. Além disso, a análise de dados pode ajudar as empresas a detectar fraudes mais rapidamente e a tomar decisões mais informadas. Isto mesmo teremos muitas instituições com a oferta de PFM (gerenciadores financeiros) aos seus clientes, para capturar e analisar dados.
3) Pagar com Open Finance
Um aumento no número de ITPs, e maior oferta de iniciação de pagamentos é muito provável em 2023, os casos de uso que estão em produção devem ganhar cada vez mais relevância, e pagar com Open Finance deve entrar mais no dia a dia do brasileiro. De acordo com a regulação do Banco Central do Brasil, teremos este pagamento também de forma recorrente e com a possibilidade de o valor ser variável, possibilitando criar experiências fluidas para o consumo de serviços.
4) Maior integração de serviços financeiros
É provável que vejamos a integração de serviços financeiros de diferentes empresas, como bancos, fintechs e empresas de varejo. Isso pode permitir que os consumidores tenham acesso a uma ampla gama de serviços financeiros de uma única plataforma, o que pode ser mais conveniente e eficiente. Por exemplo, algumas empresas já estão oferecendo cartões de crédito que permitem aos usuários escolher entre diferentes redes de banco e fintech para obter as melhores taxas e benefícios. Isso pode ser uma ótima opção para os consumidores que buscam mais flexibilidade e opções.
5) Além da Regulação
As oportunidades de parcerias e negócios além da regulação ainda ficaram pouco exploradas, na verdade, ainda dentro da regulação vejo poucos casos de “Acordos Bilaterais”, que também devem ser explorados neste novo ano, mas a entrada dos Bancos e Fintechs na “Economia de APIs”, publicando novos serviços financeiros e não financeiros vão fomentar um novo ecossistema de Open Finance e Open Insurance além da regulação. Aqui, os destaques são para soluções que facilitem as instituições irem além da regulação sem comprometer as demais prioridades.
Com as tendências apontadas aqui, é possível que o setor de Open Finance e Open Insurance no Brasil esteja se preparando para um futuro ainda mais promissor. É importante ficar atento a essas tendências e estar preparado para aproveitar as oportunidades que podem surgir em 2023. A TecBan, como parceira ideal para a jornada de Open Finance e Open Insurance, está pronta para apoiar as empresas nesta trajetória de sucesso.
Sobre o autor:
Rogério Melfi é Gerente de Open Finance na TecBan, líder do GT de Open Banking e Open Insurance na ABFintechs e líder de educação na Fintech School. É pós-graduado em finanças, investimentos e banking pela PUC-RS. Atua no desenvolvimento de soluções para o setor financeiro, em especial no Open Banking.